segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meu primeiro dia...

Infelizmente, por conta de outros compromissos, apenas consegui iniciar minha jornada hoje (26/10). Como estava muito interessado em ver O APICULTOR, de Theo Angelopoulos, concentrei minha programação no Arteplex, decisão essa que me pareceu acertada, por conta da chuva da tarde.

Comecei com o argentino "ÁGUAS VERDES" de Mariano de Rosa, mais por falta de opção que interesse no filme. Apesar de guardar alguma semelhança com outra obra cinematográfica, cuja imagem marcante é de sujeitos embriagados arrastando cadeiras de praia em torno de uma piscina imunda, há um oceano a separar Pântano de Águas Verdes. A síntese do filme é a crise da masculinidade, da família burguesa, do macho provedor etc, etc,, etc... Partindo dessa premissa interessante, o filme tem um enredo que não empolga, deixando de explorar situações em que poderia se aprofundar mais. Apesar de alguns momentos quase cômicos, o final me pareceu um tanto forçado. Não recomendo.

Depois vi, na Sala 2, o documentário francês "OS QUE CHEGAM" que retrata as dificuldades e sofrimentos dos estrangeiros que tentam obter o status de refugiados na França. Além de todo o drama envolvendo a história das famílias para conseguirem chegar e se manter no país, o filme mostra como a burocracia pode desumanizar as pessoas, até aquelas mais bem intencionadas. Se não tiverem nada mais importante ou buracos na programação é um opção válida.

Por fim, o filme de Angelopoulos, com Marcelo Mastroianni. Só tenho uma coisa a dizer: OBRA-PRIMA....

é isso...
amanhã tem mais
no Reserva Cultural 1
ou não....

3 comentários:

Ramiro disse...

É uma pena que não vá dar mais pra conferir a tal obra-prima do Angelopoulos. Seria no mínimo diferente a sensação de contato com um curta-metragem do moço (para os padrões dele, duas horas não chegam à categoria de média-metragem).

luís disse...

O Angelopoulos fez outro filme com o Mastroianni: O Passo Suspenso da Cegonha.
Eu vi em vídeo recentemente e gostei, embora não goste do diretor.
Às vezes temos que ser tolerantes com esses caras do terceiro mundo, reconhecer a sua história...

Ramiro disse...

Faz um puta tempo que não vejo nada dele. Décadas atrás, lembro de ter apreciado, e muito, Paisagem na Neblina e Um Olhar a Cada Dia. Já a impressão que tive de A Eternidade e Um Dia, salvo engano, deve ter mesmo correspondido ao título.