sábado, 31 de outubro de 2009

ENTRADAS E BANDEIRAS

Gostei do Ibrahim Sayaed, o melhor esfola esfola, pois tem poucas mortes, com armas brancas e parqueur pelas favelas do Cairo.

Gatos persas, bandinhas indie ou nem tanto do udigrudi censurado de teerã. sei lá?

Sussurros ao vento, bem poético e tal.

Metropia, Paranóia e esquizofrênia a serviço da arte.

Cinerama, o filme mais divertido da mostra!

Para hoje e amanhã

Devido a uma pequena pane no sistema operacional, não peguei nada ontem nem hoje (até agora). Contornado o problema, saio correndo para pegar daqui a pouco (20h), no Centro Cultural, o iraniano Tehroun. Em seguida, a ideia é rumar para o Arteplex, a fim de ver, em ordem de preferência, A Religiosa Portuguesa (22h) ou Acidentes Acontecem (23h10).

Amanhã pretendo passar o dia todo no MIS (sessões gratuitas são bem-vindas no fim de semana): a partir das 14h, passam Sussurros ao Vento, Frontier Blues, Sobre Pais e Filhos e Madholal Siga em Frente.

Quem mais se aventura?

Antes tarde do que nunca (meus filmes, de terça ainda)

Peço desculpas aos amigos por não ter participado mais do blog como gostaria, mas o fato de trabalhar nessas férias, vem prejudicando bastante minha dedicação a outras atividades que não seja a de ver os filmes que selecionei. De qualquer forma, como já disse o Jorge, não existe ideia parada e tudo está em movimento. Por conta disso, sou favorecido em apenas conseguir escrever agora sobre os filmes que vi nestes últimos quatro dias, pois tive tempo de amadurecer algumas opiniões e impressões. Então vamos a elas:

TUDO QUE NOS CERCA: - Filme bem agradável de se ver. Interessante a ligação que a obra faz entre o cotidiano de um casal, suas crises, suas reconciliações, seus bons e maus momentos, com os acontecimentos e crimes recentes que abalaram a opinião pública japonesa. Esses, nos são apresentados em sessões da corte de justiça onde um dos protagonistas trabalha como retratista para a imprensa. Entretanto, a obra está longe de ser um filme de tribunal. Os julgamentos e a teatralidade típica que os envolve, não são o foco da obra. Também não se trata aqui de um mero pano de fundo.O tempo é demarcado por eles e a história dos personagens centrais, apesar de linear, é construída no roteiro em pequenos fragmentos que revelam o que foi vivido pelo casal no intervalo de meses ou anos entre as sessões do júri. Em síntese, é um filme sem grandes pretensões, mas bastante consistente com aquilo que se propõe.

NÃO É UMA ILUSÃODocumentário iraniano sobre o drama de Sara, que tenta ser cantora numa banda pop no país que restringe a participação das mulheres em várias atividades e, como não poderia deixar de ser, também na música. O problema desse filme, além da precariedade técnica que foi feito, talvez seja o distanciamento necessário entre a realizadora e a personagem que busca retratar. A diretora me pareceu muito próxima de Sara (talvez sejam amigas intímas, sei lá) o que talvez acabe prejudicando o seu olhar, favorecendo alguns exageros. Seu filme acaba tornando-se, além do “libelo” contra a repressão que sofrem as mulheres (tema prá lá de batido, como já foi dito aqui), uma hagiografia da moça, que não merecia essa “homenagem”.
Ah, por falar nisso, a musica pop iraniana, apesar de seu verdadeiro espírito underground, já que sob o tacão dos aitolás, até o mais popular grupo musical não passa de uma banda de garagem, a repressão não fez bem a música alternativa iraniana que mais parece um pastiche do rock estadunidense.

SAMSON & DELILAH – Esse o melhor filme da terça-feira e um dos melhores da mostra, apesar de ficar sabendo recentemente que o filme é o candidato da Austrália para a indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Também ganhou o Camera D'Or no Festival de Cannes deste ano. Bem, retrata a vida de dois adolescentes numa “pacata” comunidade de Aborígenes na Austrália. Mas, como todos sabem, os australianos são pessoas muito simpáticas, bastante afeitos aos locais, diferente de outros colonizadores bárbaros que massacraram e escravizaram seus nativos, não é verdade?
Cansados pelo “tédio” “resolvem” sair para buscar diversão na cidade. O resto eu não conto. Poderíamos dizer que é um Magico de Óz ao avesso.
Apesar de algumas escorregadelas (será que os australianos conseguirão um dia superar o seu complexo de ABBA e fazer algum filme sem nenhuma cafonice, oras !!!) é altamente recomendado.

Finalistas da Mostra 2009

Lista dos 12 finalistas da Mostra:
  1. "A família Wolberg", de Alex Ropert - França
  2. "Bollywood Dream - O sonho bollywoodiano", de Beatriz Seigner - Brasil
  3. "Cúmplices", de Frédéric Mermoud - França/Suiça
  4. "Dor-Fantasma", de Mathias Emcke - Alemanha
  5. "Mau Dia Para Pescar", de Alvaro Brachner - Uruguai e Espanha
  6. "Metropia", de Tarik Saleh - Suécia
  7. "O Aniversário", de Marco Filiberti - Itália
  8. "Os Dispensáveis", de Andreas Arnstedt - Alemanha
  9. 'Querido Lemon Lima", de Suzi Yoonessi - EUA
  10. "Um Homem Qualquer", de Caio Vecchio - Brasil
  11. "Voluntária Sexual", de Kyong-Duk Cho - Coréia do Sul
  12. "Zero", de Pawel Borowski - Polônia

e a lista dos cinco documentários mais bem votados:
  1. "Almas Alemã - A vida na colônia Dignidad", de Martin Farkas e Matthias Zuber - Alemanha
  2. "Kimjogilia", de N. C. Hiekin - EUA/ Coréia do Sul/ França
  3. "O Abraço Corporativo", de Ricardo Kauffman - Brasil
  4. "O Inferno de Clouzot", de Serge Bromberg e Ruxandra Medrea - França
  5. "Tom Zé - Astronauta Libertado", de Ígo Iglesias Gonzales - Espanha

mais filmes

Atualizando a lista de filmes assistidos, segue novo balanço
  • Como Vai? - filme interessante, mas não indispensável. Quem for ver acabará se surpreendo pelo fato do Betão ter se mudado para a Turquia, engordado um pouco e virado diretor de cinema
  • 14-18 O Som e a Fúria - legal, mas também não indispensável. Uma espécie de documentário sobre a primeira guerra mundial, narrado como se fosse memórias de um soldado francês que participou Para quem quiser conhecer mais sobre a primeira guerra
  • Uma Solução Racional - bem interessante. Gostei. Recomendo.
  • Eu Matei Minha Mãe - dá-lhe, garoto. Impressionante! Realmente imperdível.
  • Garota Eslovena - nem bom, nem ruim. Dispensável.
  • O Que Resta do Tempo - A história da ocupação israelense da Palestina vista com humor e dignidade.
  • Fish Tank - Gostei, mas acho que ficou faltando alguma coisa. "Red Road", ou Marcas da Vida, como foi lançado no Brasil, é melhor. É pra ficar de olho nessa diretora.

Um dia perfeito

Iniciei com

Eu matei minha mãe, já comentado e indicado neste espaço;

Dei sequência com Mother, filme coreano com excelentes atuações e uma bela construção dos personagens principais e da dramática e paradoxal condição de "mãe", tudo inserido em um suspense policial com chances de ser aceito comercialmente.

Finalizei com o palestino "O que resta do tempo", que tem o subtítulo, não menos importante para a compreensão do propósito do filme, de "crônica de um presente ausente". Épico autobiográfico à italiana, margeando a questão palestina, o passar do tempo, a condição humana de adaptação a quaisquer situações, momentos de reflexão e ironia.

Recomendo os três.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tentativa de programação


Sábado:

Abro com Arteplex 1:
12:00 A PEÇA DA DISCÓRDIA
13:40 AMANHECER VERMELHO

Tempo intermediário bem indefinido ainda. Estão no páreo:
15:20, Arteplex 1 LUAS-DE-MEL
16:20, Arteplex 3 FRONTIER BLUES
17:00, Cinemateca O BLOCO DOS DESESPERADOS
17:50, Marabá LOUISE MICHEL, A REBELDE


Depois, devo ver:
21:20, Bombril 2 SEGUINDO EM FRENTE
24:00, Cinesesc MILLENNIUM 1


Alguém me acompanha e/ou sugere algo diferente?

Mais três

Os que vi ontem:
  • Amanhã ao Amanhecer: que se perdoem os comentários negativos emitidos por gente que não entende muito da coisa: é um filme bastante interessante sobre o modus operandi do enfrentamento e da resolução de conflitos no universo masculino.
  • Zero: filme-mosaico. A Folha diz que ele "acompanha fragmentos do dia de um empresário, de uma médica elegante e de um barman". Faltou incluir aí outros 21 personagens principais (o produtor, presente à sessão e, aliás, responsável por um belo trabalho, contabiliza 24), que vão se cruzando acidentalmente em vertiginosos círculos de horríveis e/ou deprimentes acontecimentos cotidianos. Imagino que todos já devem ter se deparado com filmes que exploram esse tipo de roteiro engenhoso (o próprio cara cita como fontes de inspiração o Short Cuts, do Altman, Magnólia - que eu jamais vi - e algum outro de cujo título não me recordo agora). Em síntese, muito bacana.
  • O Apedrejamento de Soraya M: fiz muito mal ao recusar uma proposta alternativa de sessão. Trata-se de um panfleto contra o fofíssimo costume que o título do filme não faz questão de esconder. Como cinema, me pareceu tão abominável quanto o objeto que aborda. Produção estadunidense, está para o Irã assim como, imagino, a Índia esteja para uma certa novela da Globo. O acentuado caráter de manifesto, e, portanto, produto de exportação, obriga os personagens, habitantes de uma cidadezinha no meio do nada, a ficarem o tempo todo lembrando uns aos outros dos interditos consagrados por uma tradição reproduzida de geração a geração há quase 1.500 anos. Por várias vezes escutam-se coisas do tipo: "você sabe que esse comportamento não é permitido pela nossa tradição" ou "a lei islâmica reprova isso". Pensei em sair logo nos primeiros quinze minutos, mas acabei resistindo até o fim, talvez como teste de penitência. Fui então contemplado com o ápice da empreitada, tipo "momento Mel Gibson". Falo, claro, do apedrejamento propriamente dito. Imaginem a sensação de passar 20 minutos - de um filme muito bem produzido - acompanhando muitos e muitos closes e slow-motions da cena de uma mulher tomando pedradas na cara. Ah, a mensagem do filme é a de que os homens - pelo menos os da subseção iraniana - são todos iguais e não prestam.

De resto, vamos ao que interessa

Ou seja, mais provocações:

Ontem

Lymelife: não parece possível que, mais dia menos dia, não entre no circuito; mas não achei só um bom filme e sim um excelente filme. Da categoria estadunidense crítica ao american way of life, linha beleza americana ou Todd Solondz. Imperdível.

Amanhã ao amanhecer: não gostei, achei fraco, mas não foi a opinião dos demais que assistiram comigo. Se bem que como os demais não conseguem chegar na hora, não deveria ser uma opinião relevante. Porém teve o que talvez seja o melhor momento da mostra: um completo idiota entrando atrasado na sessão e posicionando-se na frente das legendas eletrônicas. Em um primeiro momento sequer percebeu o problema (ressaca brava, creio); em seguida, fez coro com os demais xingando e solicitando que o idiota (que até então, para ele, era desconhecido) saísse da frente; ao perceber que era ele, saiu e segundos depois voltou para desculpar-se com todos, inteligentemente colocando seu braço, mais uma vez, na frente das legendas. Como o filme seguinte era Apedrejando Soraya pude construir um curta imaginário de Apipocando Ramiro, que muito me satisfez durante a sessão do filme mais chato do dia.

O homem que comia cerejas: antes do filme brinquei ironicamente sobre como todos os filmes iranianos tem os mesmos elementos. O filme começou já desmontando meu preconceito. Diria até que, para os padrões da filmografia iraniana, é um dogma. Bem diferente dos que eu já havia visto, inclusive no retrato urbano do local. Se bem que no desenrolar da coisa vira o conteúdo de sempre: alguém andando de um lado para outro procurando ou precisando de alguma coisa ou alguém - tanto faz se é um sapatinho, um balão, uma criança, deus ou dinheiro. Filme iraniano é sempre uma andança para lá e para cá sem fim, não sei como tem tanta gente que acha a coisa meio paradona, eu sempre saio cansado. Mas este tem suas marcas, não é fundamental e traz um ineditismo: trata da opressão masculina por aquelas bandas, chega dessa farsa ocidental de que as mulheres tem de se sujeitar a um ambiente machista e injusto.

Ervas Daninhas: Gostei muito. Mas dá para não gostar nada. Na minha interpretação, trata exatamente da questão do pensamento fantasioso como recurso para viver, aqui não em situações extremas mas no dia a dia. Me identifico e creio ser meio por aí, é tudo uma grande inserção de fantasias, devaneios, sonhos e pesadelos no meio de fragmentos de realidade. Essa é minha vida e acredito que a de todos, se bem que não são todos os que estão dispostos a admitir que da realidade nada sabem, apenas constroem a parte que é mais conveniente. Tema que merece um debate mais aprofundado para depois.

Para hoje o mais provável é:

Eu Matei minha Mãe
Mother
O que resta do tempo

sábado tiro folga.

vou desdizer quase tudo o que eu disse antes

Como sempre mudei de idéia. A impermanência das coisas é o fato mais permanente em meu ser, se bem que não existe idéia parada, tudo está sempre em movimento. Bom, a questão é que meu tempo dentro da condução rumo à mostra tem se mostrado meu principal ponto de reflexão e a conclusão de ontem é que é muito mais legal que o Luis mantenha o Blog como um fórum para debates, pensamentos, reflexões e divagações do que como um serviço de utilidade pública, como eu pretendi. Isto dito e falando mais especificamente sobre a colocação pertinente aos filmes de crimes sem motivo: será que isso é uma novidade? A impressão que tenho é que desde que me conheço por gente o cinema europeu (especialmente o francês, que o resto do mundo nem chegava) tem fama, entre os normais (categoria da qual, sinto muito, excluo a mim e a todos que frequentam este blog) de filme sem final, sem explicação. Nas vezes que tive a oportunidade de compartilhar sessão com alguém não familiarizado com tal escola, o comum é a pessoa sair pasma, sem entender nada. Não foi uma única vez que ouvi "mas não vai explicar nada?" ou "não acaba?". Claro que foi falado aqui de uma situação mais específica, de mostrar um crime sem explicitar o motivo, o crime já existe e faz parte do contexto. Mas a questão de ser aberto a interpretações mil, creio ser já uma linha mais antiga.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Balancete

Desaconselho
  • Quando os Limões Amadurecem
  • Buenos Aires Sombria
  • Fique Calmo e Conte Até Sete
Vale encaixar em alguma programação, se não quiserem arriscar algo mais ousado
  • Sedução
  • Eu, Ela e Minha Alma
  • Perseguição
  • Lymelife
Considero imperdíveis
  • O Menino Peixe
  • Sede de Sangue
  • 35 Doses de Rum (o melhor até agora, na minha opinião)
  • O Primata
  • Os Dispensáveis
Por enquanto é isso.

a pedidos

Minha programação de hoje será: "Como Vai?", "14-18 O Som e A Fúria" e "Uma Solução Racional", os três no Pompeia, seguidinhos, a partir das 14h.

Amanhã, se tudo der certo e eu não mudar de ideia, verei "Eu Matei Minha Mãe", a partir de recomendações do Ramiro e Mayra (Reserva Cultural, 13h50); "Zero" (Bombril 2, 17h50) ou "Bilal" (Olido, 17h) e "Fish Tank" (Unibanco Augusta 3, 23h10).

falados em alemão

Só para aguardar o indispensável "os dispensáveis" peguei Dor-Fantasma: sessão da tarde para a Globo Fernsehsender - bonitinho, convencional e definitivamente dispensável. Interessante ter percebido que mesmo filmes mais difíceis para mim, como "Independência" e "Preciso mesmo fazer isso" são digamos, parte da mostra, posso não gostar mas não deixa de ter sido uma experiência, são diferentes. Me incomoda mais pegar esses filmes que nada acrescentam, mas que assistiria tranquilamente com os filhos no sofá de casa.

Quando a "os dispensáveis" nada a acrescentar. Excelente, imperdível, sensível, etc, etc.. De longe, o que mais me tocou.

Solicitação

Gostaria de sugerir aos nobres coleguinhas que participem mais deste blog. Procurai publicar mais assiduamente vossas intenções, além das opiniões sobre o que viram, de modo a colaborar com a elaboração das nossas programações individuais - tanto de filmes como de possíveis encontros durante os intervalos.

Programação

A quem interessar possa, nesta quinta-feira eu me encastelo no Arteplex Frei Caneca. Sessões pretendidas, até segunda ordem:
  • 12h00 - Lymelife
  • 13h50 - Amanhã ao Amanhecer
  • 17h10 - O Apedrejamento de Soraya M
  • 22h30 - Morrer Como Um Homem

dos filmes que mostram criminosos mas não explicam o crime

Há filmes, recentes, que apresentam um crime, mostram o criminoso, mas não revelam a razão. No máximo, apresentam indícios das motivações. Só que, olhando bem, percebe-se que elas estão diluídas em todos os outros personagens.

Em tempos de incerteza, melhor assim. Um filme que sugere conexões, sem afirmá-las, sem explicar. Um filme que se permite a dúvida, que faz perguntas e não dá respostas. Um filme ousado, não dogmático.

Os filmes dogmáticos são como missa. Saímos satisfeitos, restabelecidos em nossas crenças. Verdades supremas, de esquerda ou direita, a depender da ideologia. Prefiro os filmes que incomodam e geram dúvidas. Esses são melhores. Numa comparação grosseira, tome Tiros em Columbine, do Michael Moore, e o Elefante, de Gus van Sant. Com qual você fica?

Vejo semelhanças em o Elefante e em O Primata. O primeiro é muito muito melhor que o segundo, sem dúvida. Pero, ambos bebem algo do Dogma 95, que não é apenas a forma. Têm o incômodo e a ousadia militante.

Pode ser besteira minha associar Gus Van Sant aos dinamarqueses. Ou ao Lars, para ser mais específico. Que seja. Para mim, ambos fazem o melhor cinema da atualidade.

(Fora os Dardenne. Mas aí é outro capítulo.)

Dicas e contradicas

Acho que nunca antes na história deste país eu tinha me deleitado com uma seleção inicial de filmes tão feliz como vem ocorrendo nesta Mostra. Comentários breves das últimas coisas vistas (já somam doze):
  • Na hipótese de que O Ponto Vermelho e Os Dispensáveis venham a ser programados para a semana adicional, não os percam. São muito bons. No caso do segundo, assino embaixo da avaliação feita pela Patrícia.
  • O Primata é igualmente imperdível. Não sei se a sensação foi muito turismo estelar meu, mas esse perturbador filme me fez pensar, por razões distintas mas complementares, em Elefante e Anticristo. Recomendo trocar qualquer projeto conflitante por ele, cuja última sessão ocorre logo mais (quinta-feira à tarde) no MIS.
  • Eu Matei Minha Mãe está entre os melhores a que assisti até agora. O diretor e ator principal, apesar dos seus 17 aninhos, já é gente grande. A mim deu provas de muito talento nas duas funções que exerce.
  • O sueco Uma Solução Racional só não chega a ser avassalador porque poderia ser mais enxuto. Mas o filme é muito bom, cheio de cenas sensacionais construídas com maestria e uma inteligentíssima exploração de sutilezas.
  • Fujam de Cinerama. Começa prometendo, transforma-se abruptamente numa comédia surreal - em performance tipo combo coletivo multiperformático da Vila Madalena - e desemboca gloriosamente numa viagem à sabedoria esotérica. Só para fãs de Teatro Físico e gente que acha o Zé Celso tuuuuuuuuuuudo de bom.
  • Lágrimas de abril: cinemão finlandês, a meu ver uma tentativa de concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não é ruim, mas, na presença de opções promissoras, pode ser descartado sem grandes temores.
  • Irene é interessante, mas provavelmente não agradará a todo mundo. É um monólogo do diretor, que, câmera na mão, põe-se a explorar fragmentos físicos e memórias da sua vida afetiva com uma mulher morta há quase 40 anos. Tem cara de ser biográfico, o que aumenta substancialmente a carga dramática da obra. Vale ver.
  • Czar: épico sobre a era de Ivan, o Bonzinho, aquele que com muita ternura governou a Rússia em meados do século XVI. O filme seria melhor sem o farto apelo místico que o move. Bom passatempo, não mais do que isso.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

indispensável

OS DISPENSÁVEIS (DIE ENTBEHRLICHEN), Andreas Arnstedt, Alemanha - assisti hoje à última exibição por ora prevista, gostei muito. Filme bem feito, bela composição da história (não linear), sensível. Acho que me tocou pelo que apresenta de factível, verdadeiro (aliás, se não me engano, foi mesmo baseado em fatos reais), sem apelos melodramáticos, em uma história que pode ser a de tantos outros. Depois da sessão só deu vontade de ir pra casa.

"...para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba."

AMOR EXTREMO (THE EDGE OF LOVE), John Maybury, Reino Unido - peguei o filme ontem, no Belas Artes, sem saber do que se tratava, diria até que por uma questão física (tempo/ espaço - consegui parar o carro ao lado do Belas Artes e já não havia mais tempo para O ARQUITETO). Filme para mulherzinhas, com um que de romantismo (com mocinho romântico e o tipo cafajeste por quem todas se apaixonam) e, contendo o impulso inicial de sair, acabei gostando . Trata de uma espécie de triângulo amoroso entre um poeta e duas mulheres, no contexto da II Guerra. A relação que as mulheres constroem entre si acabou constituindo, para mim, o ponto forte do filme, além de algumas cenas bonitas, e da beleza das atrizes. Fácil como tantos outros e provavelmente estréia em grande circuito.

UMA SOLUÇÃO RACIONAL (DET ENDA RATIONELLA), Jorgen Bergmark; Suécia, Finlândia, Alemanha, Itália - gostei muito. Faz refletir sobre amor (que acaba parecendo uma idéia um tanto mais abstrata e ampla do que já é), paixão, desejo, monogamia e toda a maluquice de que se é capaz a partir daí. Para mim a idade dos personagens retratados é ainda mais um fator de interesse. A fotografia da cena do barco é belíssima.

Nos dias outros houve 35 DOSES DE RUM, que, com UMA SOLUÇÃO RACIONAL , compõem o que assisti de melhor até agora. ABRAÇOS PARTIDOS é Almodovar e isso, com o tempo, acaba não sendo mais tão positivo. Não consegui enxergar a Penélope Cruz como personagem, acho que a exposição excessiva acabou por tornar a atriz uma personagem por si só, se é que me entendem, o que dificulta um pouco o "curtir" o filme. De qualquer forma, não deixa de ser um bom filme, pra ver depois. O PRIMATA é interessante, com cenas de câmara na mão, suor, aflição. O enredo parece melhor que a realização. Era evidente a aflição do personagem, mas não me atingia, embora fizesse pensar sobre a situação dele e até onde vai o sentimento (seja qual for) em situações extremas. Ah! Também peguei RICK, que gostei. Há que se considerar que a fantasia do filme é a que por vezes se cria para superar a aridez de situações, circunstâncias, com as quais se tem que lidar, pois se o levarmos ao pé da letra, perde um bom tanto.

Uma rápida viagem à Ásia

Não necessariamente por diretores asiáticos. Programação mais curta ontem e hoje.

TOKYO! (TOKYO!), de Michel Gondry, Leos Carax, Bong Joon-Ho (110'). Falado em japonês, francês.
Três histórias, três diretores que sempre fazem valer um ingresso. Filme fácil, porém bacana, surpreendente, criativo, divertido. Estréia logo. Reforçou a vontade de não deixar passar Mother sem conferir. Interessante que foge do esquemão em voga de vários diretores com trocentas histórias de um lugar. E tenho a sensação que não deve ter sido recepcionado de maneira simpática no local fonte.

INDEPENDÊNCIA (INDEPENDENCIA), de Raya Martin (77'). Falado em tagalo.
Possui certas características que, creio eu, agrada a uma parte do público de mostra. Lembrou-me uma leva de filmes da Tailândia ou Taiwan de umas mostras passadas (o tigre ou algo do gênero). Para mim, setenta e sete intermináveis minutos. Vale para uma soneca no meio do expediente. Mas tem uma certa beleza, eu que não sou capaz de identificar.

Hoje só uma rápida passagem pelo também aqui indicado "os dispensáveis", já comentado por outros companheiros. Amanhã e sexta volto a toda.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

cinema sueco

Mais quatro filmes. Uma combinação inédita em minhas mostras tem alterado minha interação com a programação: credencial especial + abstinência alcoólica. Os dois fatores me levam a achar mais interessante esperar qualquer coisa dentro de uma sala, seja lá qual for o filme. Assim sendo, encarei até

MAMONAS PRA SEMPRE (O DOC) (MAMONAS PRA SEMPRE (O DOC)), de Claudio Kahns (90'). Falado em português.
Tudo bem que para este a combinação de fatores precisou ser maior (ter chegado muito mais cedo à região, a falta de opções), mas fiquei surpreso por não ter saído antes do término.

Depois apostei em
PRECISO MESMO FAZER ISSO? (BUNU GERÇEKTEN YAPMALI MIYIM?), de Ismail Necmi (86'). Falado em alemão, turco.
e se mostrou uma péssima jogada de risco. O diretor turco estava presente e tenho um karma: quase que inevitavelmente, quando pego sessões com o diretor do filme presente vem uma bomba e fico constrangido de sair. No caso em pauta trata-se de algum acerto de contas pessoal (provavelmente familiar), de um diretor com pretensões de Lynch. Recomendo fugir.

A próxima sessão seria a, segundo o Zé, obra-prima "o apicultor"; porém resolvi aguardar verificando
UMA SOLUÇÃO RACIONAL (DET ENDA RATIONELLA), de Jörgen Bergmark (90'). Falado em sueco.
E este foi a grande surpresa positiva do dia. Não era possível sair e o Angelopoulos que me desculpe, valeu a pena. Recomendo e para hoje tem uma sessão às 17:50 no HSBC.

Outro filme sueco interessantíssimo é
O PRIMATA (APAN), de Jesper Ganslandt (81'). Falado em sueco. Legendas em inglês.
completamente diferente do anterior; digamos que possui uma filmagem mais aflitiva, mais à dogma;

Para hoje, minha programação está completamente aberta, depende de horário que conseguir me liberar e a partir daí faço minha programação.

As informações que tenho

Nova York, eu te amo (vai entrar em cartaz, mas minhas limitações etárias...): moderno, sem maneirismos; um roteiro bem inteligente. Fomos em três gerações, todas gostamos.

A Rebelde: nada de espetacular, mas adorei ter visto. Capaz de um tratamento bem acabado da relação avô-neta, sutil e com um tempero adicional de Michel Picolli.

Quando os limões amadurecem: "um burro vai devagar, um cachorro vai devagar, devagar as janelas olham..."

Huacho: FUJAM! É chato demais.

Ricky: bonitinho, mas meio previsível.

Cinerama: Para ser completamente doido precisa de anos de terapia. Gostei bastante, mas não tenho coragem de recomendar.

Eu, ela e minha alma: Primo-irmão do "Quero ser John Malcovich", mas bem diferente.

Surrurros ao vento: Foi fortemente recomendado. Vou tentar ver no domingo.

Buenos Aires Sombria: Me foi fortemente recomendado... que não passe nem na porta! Parece que foi uma idéia interessante jogada no lixo por um roteiro inverossímil e mal realizado.

De resto, talvez só possa retomar os trabalhos na sexta à meia-noite (ou algo assim), a menos que comece a dar tremedeira... Invejo vocês todos!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meu primeiro dia...

Infelizmente, por conta de outros compromissos, apenas consegui iniciar minha jornada hoje (26/10). Como estava muito interessado em ver O APICULTOR, de Theo Angelopoulos, concentrei minha programação no Arteplex, decisão essa que me pareceu acertada, por conta da chuva da tarde.

Comecei com o argentino "ÁGUAS VERDES" de Mariano de Rosa, mais por falta de opção que interesse no filme. Apesar de guardar alguma semelhança com outra obra cinematográfica, cuja imagem marcante é de sujeitos embriagados arrastando cadeiras de praia em torno de uma piscina imunda, há um oceano a separar Pântano de Águas Verdes. A síntese do filme é a crise da masculinidade, da família burguesa, do macho provedor etc, etc,, etc... Partindo dessa premissa interessante, o filme tem um enredo que não empolga, deixando de explorar situações em que poderia se aprofundar mais. Apesar de alguns momentos quase cômicos, o final me pareceu um tanto forçado. Não recomendo.

Depois vi, na Sala 2, o documentário francês "OS QUE CHEGAM" que retrata as dificuldades e sofrimentos dos estrangeiros que tentam obter o status de refugiados na França. Além de todo o drama envolvendo a história das famílias para conseguirem chegar e se manter no país, o filme mostra como a burocracia pode desumanizar as pessoas, até aquelas mais bem intencionadas. Se não tiverem nada mais importante ou buracos na programação é um opção válida.

Por fim, o filme de Angelopoulos, com Marcelo Mastroianni. Só tenho uma coisa a dizer: OBRA-PRIMA....

é isso...
amanhã tem mais
no Reserva Cultural 1
ou não....

Quarto dia - 26/10

A programação de ontem, por motivos operacionais, infelizmente dançou.
A de hoje, que armei com extrema dificuldade, será a seguinte:
  1. O Ponto Vermelho (ALE), Reserva Cultural, 13h50
  2. Cinerama (POR), Bombril, 16h10
  3. Lágrimas de Abril (FIN), Bombril, 17h40
  4. O Primata (SUE), Cinesesc, 20h30

até então

Poucos filmes até então.

QUANDO OS LIMÕES AMADURECEM... é um filme mais ou menos. Não é mal feito, pelo contrário. Tem personagens bonitinhos. Rasos, mas bonitinhos. Pero... Tipo do filme antropológico; a depender do gosto, pode agradar.

O MENINO PEIXE é um bom filme. Uma história familiar.


SEDE DE SANGUE é mais um filme de... Melhor não antecipar. Vale a pena ser visto.

Se Italiano para Principantes era um "dogma de mulherzinha", SEDUÇÃO é um "pós-dogma de mulherzinha". Não é ruim, mas não recomendo.

(em tempos de julgamentos rasos vão me achar etnocêntrico e misógino.)

domingo, 25 de outubro de 2009

Dia segundo

Tanto a minha programação como a reprogramação e a trirreprogramação de ontem acabaram, desafortunadamente, rodando. Em contrapartida, o único filme que peguei, "Amreeka", é sensacional.
Breve comentário, para quem o queira: a despeito de trazer à tona um problema histórico renitente (a questão palestina, relacionada especificamente à imigração desse povo agraciado por Deus), ademais acirrado por um contexto recente (invasão estadunidense do Iraque), tem vocação para alçar voo rumo a grandes audiências - mas isso em hipótese alguma desqualifica o filme.
(Creio que um certo aspecto da obra poderá dar oportunidade à tradicional patrulha ideológica - tipo o pessoal que considerou "Valsa com Bashir" um filme de apelo sionista - para exercer a sua sagrada missão na Terra. É a vida.)

mostra on-line

Fiz algumas experiências é a idéia é interessante. Como evidentemente não dá para assistir a tudo no cinema, vale para algumas coisas, se tiver um equipamento razoável para não travar o tempo todo. Confesso, entretanto, uma grande decepção: não apareceram legendas eletrônicas abaixo de meu monitor, o que dificultou ou impediu uma uma postura mais energicamente entusiasta. Não tive paciência para ver nenhum integralmente, mas creio ser uma inovação que pode ficar e ser melhor desenvolvida. Mas não tive nenhuma dificuldade em acessar qualquer dos filmes disponibilizados.

até aqui tudo bem

Até o momento três filmes, quais sejam:



RICKY (RICKY), de François Ozon (90'). Falado em francês. Legendas eletrônicas em português. Indicado para: 10 ANOS



O MENINO PEIXE (EL NIÑO PEZ), de Lucía Puenzo (96'). Falado em espanhol. Legendas eletrônicas em português. Indicado para: 16 ANOS.



35 DOSES DE RUM (35 SHOTS OF RUM), de Claire Denis (100 '). Falado em francês. Legendas em inglês. Legendas eletrônicas em português. Indicado para: 14 ANOS.



Os dois primeiros, coincidentemente, acabam transitando pela mesma questão: a vida fantasiada como meio de sobrevivência diante da crua realidade. O primeiro viaja demais para o meu gosto, a nota pode ser qualquer uma, para o bem e para o mal, que não regular. O segundo um bom filme.



Já o último, indico enfaticamente. Achei melhor do que "sensível". Uma aula de cinema e fotografia. Domingo tiro folga. 2ª volto com a pretensão de quatro filmes.

sábado, 24 de outubro de 2009

Segundo dia

Comprei a Permanente Especial, e, portanto, sábados e domingos não são os dias mais indicados para ver bateladas de sessões pagas. Hoje, então, pretendo me aventurar pelas gratuitas.

Tenho a intenção de ir ao MIS à tarde, para assistir a Buenos Aires Sombria (15h50) e, na sequência, Dentro da Leonera (18h). O Olido passa, às 19h30, Nós Que Ainda Estamos Vivas. É uma opção, especialmente se aquela segunda sessão não agradar e me empurrar pra fora da sala antes de seu encerramento (mesmo que eu fique até o fim, até pode dar tempo de me dirigir ao centro da cidade: é um filme curto, de 70min).

À noite, especialmente se não tiver encarado três sessões completas, talvez eu encaixe alguma coisa paga. Sigam-me os bons.

Um entusiasmante começo de maratona

Ainda que, por motivos de força maior, eu não tenha seguido nada do que esboçara como programação inicial, comecei a saga ontem pegando três filmes, todos eles no mínimo bacanas:
  • A Invenção da Carne (ARG) - da leva do cinema não-comercial feito no país. Seco, mas não árido, se é que me entendem.
  • Os Dispensáveis (ALE) - narrativa muito interessante. O jovem diretor, simpaticíssimo, estava presente à sessão que disse ser a world premiére do seu primeiro trabalho. Pelo objeto do filme e pelas opções de estilo que nele demonstrou, e ainda pelas preocupações que comentou em breve debate ao final da sessão, é um sujeito que promete.
  • 35 Doses de Rum, da tal Claire Denis (FRA) - bonito e "sensível", no bom sentido.

Mais não falo para não entregar ouros. Recomendo os três, ou, talvez mais especialmente, os dois últimos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

primeira programação

Pode mudar, também, mas penso em assistir a esses filmes amanhã:

UNIBANCO ARTEPLEX 3
Sessão 13 - 12:50
CZAR (TSAR), de Pavel Lounguine (116'). RÚSSIA. Falado em russo. Legendas em
inglês. Legendas eletrônicas em português. Indicado para: 14 ANOS.

UNIBANCO ARTEPLEX 1
Sessão 2 - 15:40
QUANDO OS LIMÕES AMADURECEM... (VAGHTI LIMOOHA ZARD SHODAND...), de Mohammad
Reza Vatandoost (77'). IRÃ. Falado em farsi. Legendas em inglês. Legendas
eletrônicas em português. Indicado para: 14 ANOS.

UNIBANCO ARTEPLEX 1
Sessão 3 - 17:20
O MENINO PEIXE (EL NIÑO PEZ), de Lucía Puenzo (96'). ARGENTINA, ESPANHA, FRANÇA.
Falado em espanhol. Legendas eletrônicas em português. Indicado para: 16 ANOS.

Este último, da mesma diretora de XXY.

minha programação - versão preliminar

Vai mudar o tempo todo, mas hoje seria isso:



· 6ª FEIRA: 23/10
o 13:30: ARTEPLEX 2 – TODOS MENTEM (ARGENTINA)
o 15:40: BOMBRIL 1 – A RESSUREIÇÃO DE ADAM (EUA)
· SÁBADO: 24/10
o 12:00: RESERVA CULTURAL – MARADONA BY KUSTURICA
o 13:50: RESERVA CULTURAL – DISTANTE NÓS VAMOS (EUA) – SAM MENDES
OU
o 13:30: CINESESC: 35 DOSES DE RUM (FRANÇA)
o 15:50: RESERVA CULTURAL – POLÍCIA, ADJETIVO (ROMÊNIA)
· 2ª FEIRA: 26/10
o 14:30: CINEMATECA – 35 DOSES DE RUM (FRANÇA)
o 16:30: CINEMATECA - COMO SER MR. KOTSCHIE (ALEMANHA)
o 20:10: CINEMATECA – MORRER COMO UM HOMEM (PORTUGAL)
· 3ª FEIRA: 27/10
o 13:30: ESPAÇO UNIBANCO - O ARQUITETO (ALEMANHA)
o 16:00: BOMBRIL 2 – VOLUNTÁRIA SEXUAL (CORÉIA DO SUL)
o 18:30: RESERVA – TSAR (RÚSSIA)
o 21:30: ARTEPLEX – O PRIMATA (SUÉCIA)
· 4ª FEIRA: 28/10
o 13:30: ARTEPLEX 2 - MARÉ DE AREIA (ARGENTINA)
o 15:40: BOMBRIL 1 – IRENE (FRANÇA)
· 5ª FEIRA: 29/10
o 14:00: ARTEPLEX 4: OUTRO MUNDO (CANADÁ)
o 16:10: BOMBRIL 1 - A PEQUENINA (ITÁLIA)
o 22:00: ELDORADO – ERVAS DANINHAS (FRANÇA) RESNOIS
· 6ª FEIRA: 30/10
o 13:30: UNIBANCO: OS INQUILINOS (BR) SERGIO BIANCHI
o 15:50: RESERVA CULTURAL – MOTHER (CORÉIA DO SUL)
o 19:30: UNIBANCO: O FANTÁSTICO SR. RAPOSO (EUA) WES ANDERSON
· SÁBADO: 31/10 (PATRICIA)
o 12:00: RESERVA CULTURAL: LÁGRIMAS DE ABRIL (FINLÂNDIA)
o 14:20: RESERVA CULTURAL: A MULHER DO ANARQUISTA (ESPANHA)
o 17:20: CINESESC: CARMEL (ISRAEL) AMOS GITAI
OU
o 18:20: BELAS ARTES: A FITA BRANCA (AUSTRIA) HANEKE
· DOMINGO: 01/11
o 14:20: BOMBRIL: O MENINO PEIXE (ARGENTINA)
o 17:40: ARTEPLEX 2: AQUILES E A TARTARUGA (JAPÃO) KITANO
o 20:30: BOMBRIL: A FITA BRANCA (AUSTRIA) HANEKE
OU
o 21:30: POMPÉIA 2: À PROCURA DE ERIC (INGLATERRA) KEN LOACH
· 2ª FEIRA: 02/11
o 13:30: CINESESC: O HOMEM QUE COMIA CEREJAS (IRÃ)
o 16:40: CINESESC: CRIMES DE AUTOR (FRANÇA) LELOUCH
o 20:10: POMPÉIA: AMANHÃ AO AMANHECER (FRANÇA)
· 3ª FEIRA: 03/11
o 14:00: CINEMA DA VILA - ALEXANDRE, O GRANDE (GRÉCIA) ANGELOPOULOS
o 17:50: CINEMA DA VILA - 27 CENAS SOBRE JORGEN LETH (BRASIL)
o 21:00: UNIBANCO - SEDE DE SANGUE (CORÉIA DO SUL)
· 4ª FEIRA: 04/11
o 12:00: ARTEPLEX - PROGRAMA DE CURTAS
o 14:00: ARTEPLEX – SAMSON & DELILAH (AUSTRÁLIA)
o 16:10: ARTEPLEX - MARADONA BY KUSTURIKA
OU
o 16:10: CINEMA DA VILA - SINGULARIDADES DE UMA RAPARIGA LOURA (PORTUGAL / MANOEL DE OLIVEIRA)
o 18:50: ARTEPLEX - TODOS OS OUTROS (ALEMANHA)
· 5ª FEIRA: 05/11
o 14:30: CINEMATECA – SHIRIN (IRÃ) / KIAROSTAMI
o 17:00: CINEMATECA – ENFERMARIA Nº 6 (RÚSSIA)
o 21:50: UNIBANCO: JOGOS DO LESTE (BULGÁRIA)