domingo, 30 de outubro de 2011

Low Expectation

Tenho visto poucos filmes. Os dois de ontem:

Low Life - Palavras demais, na pior tradição do cinema francês. Me deu uma sensação esquisita: lembrei da Marguerite Duras, que eu admirava, e pensei, putz, será que era isso o tempo todo, mas que droga... Fica muito aquém do que se pretende. Único mérito é a boa intenção em retratar a França contemporânea e o significado das políticas xenófobas segundo uma perspectiva humanista. O retrato da juventude pode até ser fiel, mas não ajuda muito. Ah, que saudades do Amantes Constantes...

O ruído do gelo - fusão de gêneros - humor negro e comédia romântica - é divertido e bem realizado, sem grandes ambições. Não precisa ser visto, mas pode ser curtido. De Bertrand Blier, veterano que, no mínimo, nos deixou Corações Loucos (1974).

de 31/10 a 4/11

Se não nós, quem? - bem feito e bom de assistir

Fim da noite - estética de quadrinhos num filme jovem de yakuza jovem. Eu gosto.

Adeus - iraniano que mostra muito bem o momento atual do país.

The forgiveness of blood - outro abril despedaçado, ali mesmo na Albânia, gostei da "invertida" sobre o tema (aqui, nesta Albânia contemporânea e ainda sujeita ao cânone e à vendeta, a tradição de algum modo se modifica por influência e ação da juventude).

Os órfãos - bacaninha.

Attenberg - obrigada ao Luís por ter feito tudo direitinho, e assim permitido que eu visse o filme de que mais gostei nesta mostra. Quase pus tudo a perder, por acreditar que se pudesse, de carro, percorrer 4 km em 1h numa sexta-feira no início da noite em São Paulo. Talvez tudo isso tenha combinado com a quietude sobrenatural daquela paisagem mediterrânea, incluindo seus personagens, que de tão próximos se tornaram imediatamente os mais queridos.

(também em: clube social das banalidades)

domingo, 23 de outubro de 2011

Filmes da Mostra 2011 (Luís)

Lista dos filmes assistidos na mostra, com pequenos comentários (escritos quando possível) ou apenas recomendações.
Pretendo atualizar este post à medida que for assistindo aos filmes.
  • Uma carta para Elia, de Martin Scorsese e Kent Jones. Um bom filme. Recomendo.
  • La Bas - educação criminal, de Guido Lombardi. Fraco.
  • Isto não é um filme, de Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb. Muito bom. Recomendo.
  • Artigas, de Cesar Charlone. Não é de todo ruim. O banheiro do papa é melhor.
  • Vulcão, de Runar Runarsson. Não é ruim, mas não é imperdível.
  • Khrustalyov, meu carro!, de Aleksei German. A terra russa em transe, um Amarcord perverso, muito mais louco que o mais louco Kusturica. Não entendi quase nada. Vá por sua conta e risco.
  • A decisão, de Jinkai Liu. Bem-intencionado, mas muito fraquinho.
  • Uma viagem, de Nejc Gazvoda. Bobinho.
  • O futuro, de Miranda July. Entrou no lugar do Herzog, que ainda não chegou no Brasil. Valeu a pena assistir. Recomendo.
  • Fora de satã, de Bruno Dumont. Não gostei.
  • Oslo, 31 de agosto, de Joachim Trier. Muito bom.
  • Malditos garotos, de Shaker K. Tahrer. Filme de histórias cruzadas. Apenas uma delas se salva. Dispensável.
  • Low life, de Nicolas Klotz e Elisabeth Perceval. Caudaloso, chato.
  • O ruído do gelo, de Bertrand Blier. Divertido.
  • Se não nós, quem?, de Andres Veiel. Retrato de uma geração. Filme em formato convencional, com tese discutível. Mesmo assim, vale a pena ver. (A sinopse da Mostra engana. O filme é sobre outra história).
  • Adeus, de Mohammad Rasoulof. Bom.
  • Um mundo misterioso, de Rodrigo Moreno. Bacana.
  • Os órfãos, de Marie Kreutzer. Bom.
  • Attenberg, de Athina Rachel Tsangari. Muito bom
  • Fausto, de Aleksandr Sokurov. Médio
(também em: clube social das banalidades)