- Na hipótese de que O Ponto Vermelho e Os Dispensáveis venham a ser programados para a semana adicional, não os percam. São muito bons. No caso do segundo, assino embaixo da avaliação feita pela Patrícia.
- O Primata é igualmente imperdível. Não sei se a sensação foi muito turismo estelar meu, mas esse perturbador filme me fez pensar, por razões distintas mas complementares, em Elefante e Anticristo. Recomendo trocar qualquer projeto conflitante por ele, cuja última sessão ocorre logo mais (quinta-feira à tarde) no MIS.
- Eu Matei Minha Mãe está entre os melhores a que assisti até agora. O diretor e ator principal, apesar dos seus 17 aninhos, já é gente grande. A mim deu provas de muito talento nas duas funções que exerce.
- O sueco Uma Solução Racional só não chega a ser avassalador porque poderia ser mais enxuto. Mas o filme é muito bom, cheio de cenas sensacionais construídas com maestria e uma inteligentíssima exploração de sutilezas.
- Fujam de Cinerama. Começa prometendo, transforma-se abruptamente numa comédia surreal - em performance tipo combo coletivo multiperformático da Vila Madalena - e desemboca gloriosamente numa viagem à sabedoria esotérica. Só para fãs de Teatro Físico e gente que acha o Zé Celso tuuuuuuuuuuudo de bom.
- Lágrimas de abril: cinemão finlandês, a meu ver uma tentativa de concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não é ruim, mas, na presença de opções promissoras, pode ser descartado sem grandes temores.
- Irene é interessante, mas provavelmente não agradará a todo mundo. É um monólogo do diretor, que, câmera na mão, põe-se a explorar fragmentos físicos e memórias da sua vida afetiva com uma mulher morta há quase 40 anos. Tem cara de ser biográfico, o que aumenta substancialmente a carga dramática da obra. Vale ver.
- Czar: épico sobre a era de Ivan, o Bonzinho, aquele que com muita ternura governou a Rússia em meados do século XVI. O filme seria melhor sem o farto apelo místico que o move. Bom passatempo, não mais do que isso.
5 comentários:
Proponho uma mesa redonda entre vocẽ e o Walter, com a Renata de mediadora, para que eu decida se devo assistir ou não ao Cinerama.
Participar de uma mesa redonda com o Walter é o meu mais antigo e renitente sonho de consumo. Mas não precisamos realizá-lo agora, sem a devida preparação psicológica: considere-se plenamente autorizado a ir ver Cinerama.
E eu estava me recusando a encarar o filme do adolescente, apesar da determinação da Patrícia...
Eu de mediadora no meio desses dois? Que malvadeza tão grande eu lhe fiz, meu amigo?!?!?!
Agora, a sério: o filme é realmente uma viagem que eu considero válida, divertida pelo seu inusitado, principalmente se nos pega desprevenidos; mas não sei se vale tirar outra coisa da programação por ele.
Sentiu o tom de mediação?
Eu jamais desconfiei do talento da Renata para a mediação. Vai ver que já estava no DNA político dela, sei lá.
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