quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Penúltima rodada

Seguindo em frente: bom filme japonês. É o terceiro longa desse diretor que assisto e gostei de todos. Tema da morte ou da proximidade dela, tem sido recorrente nos últimos tempos assim como os crimes sem autores. Antes da mostra, só me atrevi às sessões de Anticristo, Paris, Horas de Verão e O Violinista - já nem lembro se era esse o nome - e todos tratavam do assunto. Este tem mais relação o Horas de Verão. Me impressionei com a atitude militante da comunidade nipônica, o Marabá foi tomado pelos habitantes do bairro da Liberdade. E na folha tinha uma crítica incrível sobre o filme, muito acima do que é, assinada por algum Sato - acho que eles compreendem sutilezas inalcancáveis a um reles ocidental.

Programa de curtas 5: de acordo com o que se espera de uma seleção de curtas - irregular, entre ruins e razoáveis. Porém, nessa relação há uma peculiaridade, pois inseriram um média (48 min), um pretenso documentário anti-chavista.

Samson & Delilah: já tinha prestado atenção aos elogios dos companheiros, mas é melhor ainda do que esperava. Surpreende, incomoda, emociona - em um formato bastante peculiar, que de início remete aos iranianos, depois ganha cara própria. Sem dúvida, o prêmio de diretor estreante que foi abocanhado em Cannes é mais que justo.

Maradona: Dá-lhe surpresa positiva. É muito bom. Kusturica Puro - não dá para ver um filme desse cara sem perceber e com o documentário foi a mesma coisa. Não é um documentário sobre futebol, nem exatamente sobre a vida do Maradona. Para quem, como eu, tentou assistir, tempos atrás, um troço sobre o Pelé e não suportou (era uma infindável amostragem de gols), esse agora é uma redenção. Imperdível.

Todos os outros: é um bom filme, mas coisa de mulher - uma interminável motivação para discutir a relação

Hoje devo encerrar no Pompéia - se der, passo antes no Arteplex.

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