Voltando ao tema, portanto. Neste período de reinado supremo de Lars, nem sempre elevo ao patamar de semideuses alguns merecedores de vaga no Olimpo (sem trocadilhos com o Cinema Olimpia e Caetano e Gil, que referências a estes já basta o subtítulo do blog). Se os Dardenne, dos quais tanto tratamos, parecem nomes óbvios ao posto, apesar de minhas restrições ou dificuldades, e a postulação de Gus Van Sant foi prudentemente retirada pelo companheiro que o indicou (o Luis admitiu o exagero em conversa pessoal, mas tem o direito de redimir-se também neste espaço), há que se considerar o nome de Michael Haneke. Há tempos tenho ficado impressionadíssimo com a obra do cara, a qual conheço pouco. Mas, lembrando de cabeça, "Violência Gratuita", "Caché", "Tempos de Lobo", "A Professora de Piano" e o atual "A Fita Branca", o colocam ente os gênios do cinema para mim. O incômodo e a angústia que provocam, sempre com forte conteúdo (o mal da humanidade, sociedade e do ser humano), também aberto a muitas interpretações e reflexões. Este último me lembrou muito, por alguns motivos, o "tempo de lobos" (aqui inverti os termos no plural, porque não me lembro o que é correto). Creio ser interessante uma tentativa de melhor entendimento, ou seja, uma retomada da filmografia tanto dos Dardenne como do Haneke, preferencialmente em ordem cronológica. Alguém tem algo a respeito - filme, informações sobre quais são e onde encontrá-los?
outra nota: Além do Haneke, encarei Aquiles e a Tartaruga. Bom filme, acima da média para a mostra, abaixo dela para Kitano (que foi capaz de ao menos uma obra prima - "Dolls")
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
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4 comentários:
1. Eu tendo a concordar com a lembrança do Haneke, conquanto abra mão de ver agora o seu último filme (pois acho impossível que ele não venha a entrar em cartaz)
2. Tenho um outro nome para o panteão: Cronenberg, que venho admirando muito há tempos (embora não conheça toda a obra dele e considere Duna uma merda)
3. Peguei uma puta bronca do Kitano. A última coisa que vi dele, Glória ao Cineasta!, é uma das coisas mais horrorosas, ou, se preferirem, mais infelizes, que já tive o desprazer de presenciar.
Duna não é do Lynch?
O Cronenberg parece ter coisas bem irregulares, mas é um cineasta interessante, que também mereceria a retrospectiva proposta.
PS: mereceria uma retrospectiva, mas não concordo com o seu ingresso no panteão de semideuses. Fica na fila, bem atrás do citado Lynch e talvez até mesmo do Van Sant.
1) Falha nossa, sei lá por que associei o Cronenberg a Duna (ele nunca faria uma porcaria dessas).
2) As últimas coisas que vi do canadense justificam a minha lembrança do nome dele. Spider, Crash e Senhores do Crime, por exemplo, são fantásticos. Marcas da Violência entra na categoria obra-prima.
3) O David Lynch é um sujeito que anda conseguindo me encher bem o saco. Eis um nome que eu deixaria fora do páreo.
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